(Co)lheitas

Andei só
Pelo universo vazio que o coração cria
Mente e corpo doentio
Será que a fé alivia?
e a farsa que consumismo cria?
Na hora da perda
do tapete puxado
Rasteira e rabo de arraia
Atos sendo julgados
Colhe, colhe, colhe
Nessa colheita abençoada
as vezes maldita
Não só o que plantou na vida
Mas também das sementes que jogaram no seu quintal
ou na fertilidade do seu solo mental
Erva daninha, invade, se alastra
E se alimenta da sua estrutura vital
O coração fica cego
e agora vagando no próprio ego
No universo vazio
andei só
No deserto
sem pirâmides
nem faraós

Deixe um comentário